Um crime difícil de esclarecer vem se tornando mais comum em São José do Rio Preto (SP): o furto de cachorros.

Foi o que aconteceu com o estudante Pedro Melo Neto. Hoje é o Sushi, um shitzu de apenas três meses, que faz companhia para ele. O garoto ganhou o animal depois que o antigo cão, da mesma raça, foi roubado.

O crime foi há um mês. Pedro caminhava com o Tobby perto de casa, quando dois homens em uma moto se aproximaram e levaram o bichinho. “Estava passeando na calçada, e chegaram dois caras em uma moto vermelha. O cara tirou a guia dele e o levou embora”, afirma o estudante.

A família de Pedro registrou boletim de ocorrência na polícia e espalhou cartazes com a foto do animal, que custa em torno de R$ 1,5 mil. Mas até agora, ele não foi encontrado. Casos como este não são isolados. Segundo o delegado José Augusto Fernandes, as vítimas sempre são animais de raça, que tem preço alto no mercado. “Tem animal que é caro, tem valor de R$ 10, R$ 15 mil. Então eles vendem no mercado, fora da cidade, que fica mais difícil de localizar. Então estes furtos são cometidos pelo valor comercial do animal”, afirma o delegado.

A polícia não tem um levantamento específico sobre esse tipo de crime. Porque as ocorrências, quando são registradas, se encaixam como roubos e furtos comuns. Mesmo assim, a orientação é fazer o B.O. Isso pode ajudar no trabalho de localização do animal. “Eu aconselho todos os furtos de animais a registrar o boletim de ocorrência porque a gente tem o conhecimento e podemos localizar. Sem ele, fica difícil encontrar o verdadeiro dono”, diz.

O veterinário Ronaldo Pimentel Ferreira, apaixonado por animais, se engajou no trabalho de ajudar quem já teve o cão de estimação roubado. Na clínica dele, há vários cartazes. O trabalho começou depois que ele viveu na pele a dor de perder um companheiro tão amado pela família. “Há cinco anos nós tivemos um furto em casa e levaram nosso cachorro. Mesmo com cartazes, anúncios em jornais e rádio, ele não foi encontrado. Fica uma sensação ruim que ele pode estar em qualquer lugar, sem o trato que a gente dava”, afirma.

A orientação da polícia para evitar a ação dos bandidos é a mesma para qualquer outro tipo de roubo: evitar passear com o animal em locais vazios, escuros, sempre preferir sair com o cão durante o dia, ficar atendo ao movimento e sempre fazer o B.O.

Fonte: G1