As audiências do julgamento da ‘Operação Gravata’  em São José do Rio Preto (SP) entraram nesta quinta-feira (4) no terceiro dia. Os acusados de pertencer a uma das maiores quadrilhas de tráfico de drogas da região noroeste paulista vão ser os últimos a falar. Nesta quinta, dois, entre os 35 presos, foram apontados como partes principais do esquema.

O terceiro dia de audiência começou com uma hora e meia de atraso. Os primeiros presos a entrar no salão do júri foram um advogado e um soldado da polícia. Os dois estão presos há um ano e são acusados de envolvimento com os narcotraficantes ligados a uma facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios do estado.

O advogado de defesa disse que as escutas telefônicas da operação Gravata para integrantes da quadrilha são provas subjetivas, mas não é o que pensa o Ministério Público. “A partir da interceptação do que eles falavam, era possível reunir informações que davam a identificação de pessoas que ainda não foram presas, mas na própria apreensão das drogas e prisão das pessoas que estavam lá no momento”, afirma o promotor de Justiça Evandro Ornelas Leal.

No terceiro dia de audiência, os 35 presos vieram novamente para a audiência, mas das 11 testemunhas que seriam ouvidas apenas sete, de acusação, prestaram depoimento. Isso porque outras quatro testemunhas de defesa foram dispensadas pelos advogados e Ministério Público.

Os depoimentos vão até esta sexta-feira (5). Segundo o juiz, os réus serão ouvidos a partir do dia 18. Além dos presos, outros quatro acusados de fazer parte do esquema estão foragidos. “A quadrilha tem 44 membros e são seis grupos diferentes. Basicamente os integrantes são de Rio Preto, Catanduva e Mato Grosso”, diz.

Fonte: G1