Grupo que invadiu Câmara de Rio Preto se nega a fazer reunião
terça-feira, 16 de julho de 2013O impasse entre os manifestantes que ocupam a Câmara de Vereadores de São José do Rio Preto (SP) desde a última quinta-feira (11) e o presidente da casa, Paulo Pauléra, parece longe do fim. Nesta segunda-feira (15), uma reunião foi proposta pelo chefe do legislativo, mas o grupo, que está no saguão do prédio, não aceitou as condições e o encontro não aconteceu.
Depois de cinco dias de ocupação da Câmara, o presidente da Casa resolveu ouvir os manifestantes. O recado foi dado pelo setor de comunicação do legislativo. Os representantes do movimento Vergonha Rio Preto pediram a presença do presidente no saguão da Câmara. O recado chegou até Pauléra. “Posso até ir ao saguão, mas a questão é a segurança. Diretores da Câmara estiveram lá e me aconselharam a não ir”, afirma Pauléra.
Os manifestantes distribuíram panfletos com 11 pedidos ao legislativo, alguns para serem atendidos em curto prazo. São condições para a desocupação da Câmara, mas o presidente da Casa afirmou que a maioria das reivindicações não é de competência do legislativo resolver. “O produtivo seria ter um documento na mão, só com os vereadores, em uma sala e discutindo cada item deste documento”, diz o presidente.
Nos itens relacionados à Câmara, como a mudança do horário das sessões para as 18h30 e a reforma do regimento interno, o presidente alegou que precisa conversar com os colegas antes de tomar decisões.
Paulo Paulera disse que estava viajando e que só voltou a Rio Preto na noite deste domingo (14), por isso não veio antes à Câmara. O presidente da Casa alegou que, por conta do recesso, alguns vereadores não estão na cidade e não há como reunir os 17 para ouvir as reivindicações. Quanto à participação na reunião na noite desta segunda-feira (15) com os manifestantes, Pauléra foi bem firme na resposta. “Não vou participar”, afirmou.
No fim da tarde desta segunda-feira, o presidente da Câmara tomou conhecimento das reivindicações dos manifestantes e convocou uma reunião com os vereadores. Participaram do encontro todos os integrantes da mesa diretora da Câmara. A reunião foi a portas fechadas e durou cerca 40 minutos. No final, ninguém quis dar entrevistas e eles disseram que se manifestariam por meio da assessoria de imprensa.
Em nota, os vereadores informaram que foram discutidas as reivindicações impostas pelos manifestantes para a desocupação da Câmara. Os vereadores analisaram os pedidos e constataram que muitos deles não dependem do Legislativo, e sim do Executivo. Nesse caso os parlamentares se comprometeram a conversar com o prefeito Valdomiro Lopes para que as solicitações sejam atendidas.
Quanto às decisões que dependem dos vereadores, eles só vão voltar a conversar depois que os manifestantes saírem do saguão da Câmara. No fim da nota, os integrantes da mesa diretora pedem a desocupação imediata do prédio. O grupo que está acampado no local recebeu a nota e disse que vai continuar onde está até que os vereadores venham conversar no local.
Fonte: G1
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