Dados da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo revelam que os casos de dengue caíram em algumas cidades do noroeste paulista. Mas segundo a Secretaria, não é por isso que a população deve se descuidar.

Em São José do Rio Preto (SP), em 2011, foram registrados 857 casos da doença, contra 341 no mesmo período deste ano.

Na cidade de Votuporanga (SP) também houve redução, já que em 2011 foram anotados 273 casos, contra apenas 12 neste ano. Já em Araçatuba (SP) aumentou. Foram 71 no ano passado, e 518 em 2012.

A Secretaria de Saúde da cidade diz que está intensificando ações de combate ao mosquito transmissor e que os casos caíram depois do mês de abril.

A aposentada Maria de Lourdes do Nascimento ainda se lembra dos sintomas de quando contraiu a doença. “Eu tive muita dor de cabeça, tontura, febre alta, falta de apetite. Tomava bastante água, mas forçada, para ver se melhorava, mas foi terrível”, conta Maria.

As complicações foram tantas que hoje ela mantém a casa limpa, com garrafas sem água, vasos de plantas limpos e quintal sem sujeira. “Se todo mundo fizer isso, não existiria mais mosquito. A gente deixa tudo vazio em casa, sem água e tudo fechado para não entrar o mosquito”, comenta Maria.

A rotina da aposentada Aparecida da Silva também mudou. Ela segue à risca os cuidados para evitar a proliferação do mosquito da dengue. “Não deixo água na bacia, jogo sabão no quintal. Água parada não pode ter vez na minha casa”, afirma Aparecida.

Essa mudança de comportamento da população que fez com que o índice de casos da doença caísse. De acordo com dados da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, só este ano, a redução foi de quase 80%. “Apesar de toda essa diminuição, a atenção deve ser constante. Vamos entrar na época das chuvas e todo recipiente que pode juntar água não pode ficar em local aberto”, diz Abner Henrique de Souza Alves, gerente técnico de controle de vetores de Rio Preto.

Os trabalhos de combate ao mosquito são diários. Todos os dias agentes fazem a vistoria nos bairros e orientam a população em Rio Preto. Por meio das ações preventivas até dezembro, o número da doença deve continuar baixo segundo a Vigilância Epidemiológica.

Fonte: G1