Em busca de uma produção mais saudável, agricultores da região de São José do Rio Preto estão investindo cada vez mais no cultivo de orgânicos. O número de produtores aumenta 30% a cada ano em Rio Preto. Atualmente, mais de 500 aguardam a certificação. O atrativo está nos valores pagos pelo mercado.

Há dois anos, o agricultor José Hiram conseguiu a certificação no Ministério da Agricultura para alimentos orgânicos. Livres de agrotóxicos, a saída para o desenvolvimento das plantas é usar recursos bem simples. Toda a propriedade passou por modificações para atender as exigências estabelecidas por normas federais.

Existem dois tipos de selo para os produtores orgânicos: o por auditoria e o participativo. “Por auditoria é quando um instituto faz o levantamento e mostra o caminho que o agricultor deve percorrer para ter produção orgânica. Já o participativo é quando um grupo de produtores da região certificam o outro produtor”, afirma Edi Carlos Secches, especialista em orgânicos.

A safra totalmente planejada têm trazido bons lucros para Hiram. A caixa de beringela em média com 12 quilos, por exemplo, não sai por menos de R$ 20. Já a de abobrinha é vendida a R$ 40 a caixa com 18 quilos. Valores, em média, três vezes maiores dos que os produtos cultivados com defensivos químicos.

Cada vez mais produtores têm abandonado as culturas convencionais e investido na produção orgânica de alimentos. No sítio do produtor rural Amado de Luca, há cinco anos é cultivada alface. Ele agora já está se adaptando às normas da agricultura orgânica.

Para se credenciar, ele está participando de um curso de formação de produtores de orgânicos do sindicato rural. A procura cada vez maior do mercado por produtos saudáveis leva o agricultor a esperar bons resultados no futuro. “O pessoal hoje em dia anda preocupado com a saúde e o orgânico não requer adubos químicos, fertilizantes. Da própria natureza vamos tirar o sustento da planta.”

Fonte: G1