São José do Rio Preto tem 42 imóveis condenados a cair
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012A Defesa Civil da cidade São José do Rio Preto notificou, até o momento, 42 edificações (edifícios e casas) com problemas estruturais, para evitar possíveis tragédias como as que ocorreram no final do mês passado no Rio de Janeiro e, na última semana, em São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo, quando prédios desabaram por problemas nas estruturas.
Mas, o número de notificações na cidade pode aumentar. Isso porque existem 700 edifícios no município que passam pela fiscalização da Defesa Civil. A inspeção começou no final de novembro do ano passado, época em que as chuvas torrenciais começaram.
“Os prédios que verificamos são os com mais de 15 anos de construção”, diz José Carlos Sé, vice-diretor da Defesa Civil. “Os problemas são constatados porque alguns dos prédios não têm manutenção adequada, outros não foram bem construídos”, afirma Sé.
Ação / Ao perceber problemas na estrutura das construções, a Defesa Civil notifica os proprietários para providenciarem uma reforma estrutural. “O prazo estipulado varia de prédio para prédio. Mas se a situação for grave, o tempo para os donos resolverem a questão é menor”, explica Sé.
Abandono /Quando as edificações estão abandonadas, a Defesa Civil tem dificuldade para encontrar os donos das edificações e notificá-los. Segundo Sé, o problema aumenta quando não há cadastro na prefeitura.
“Sem o cadastro com dados de proprietários, encaminhamos para o Ministério Público, que analisa rapidamente e nos envia a decisão”, afirma Sé.
Após três anos, família consegue reformar casa
Há pelo menos três anos, o vigilante Giuni Souza da Conceição, 48, vive o pesadelo de ver a casa onde mora cair. A moradia, construída em meados de 1940, na Vila Ercília, região Central de Rio Preto, passou de geração para geração de sua família, e começou a dar sinais de que precisava de uma reforma em 2009, quando rachaduras foram aparecendo com frequência nas paredes, tetos e chão, em vários cômodos da casa.
“Sempre teve o risco de cair. Quando chove, a água entra dentro de casa pelas rachaduras. Durante à noite é pior. A chuva entra também pelo teto do quarto”, afirma o vigilante. Mas as fissuras não são o único problema, desde então.
“As infiltrações aumentaram também. O pior é no teto. Quando chove fica muito úmido”, diz o morador que está desde 1985 na casa. Desde que o problema se agravou, Giuni buscou apoio do poder Público e, agora, conseguiu aprovação para derrubar a casa e construir uma nova no lugar e terminar com as noites mal dormidas.
“É pelo Minha Casa, Minha Vida [programa do governo federal] e a prefeitura. Agora a gente procura uma casa para alugar enquanto a reforma vai começar, no mês que vem”, afirma Giuni. Após receber a boa notícia, Giuni ficou mais tranquilo com a preocupação que tirava o sossego. “Somos em sete pessoas [que moram na casa]. Com o financiamento o problema vai acabar, até que enfim”, diz Giuni.
SINTOMAS
Saiba verificar quando um prédio está doente
1 – Fique atento às estruturas da COBERTURA, TÉRREO E SUBSOLO, mais vulneráveis a problemas graves
2 – Preste atenção nas FISSURAS VERTICAIS NOS PILARES DO TÉRREO E DO SUBSOLO, porque podem significar corrosão interna da estrutura
3 – Obras de reforma não devem jamais danificar PILARES OU VIGAS DO EDIFÍCIO, para não comprometer a sua estrutura
4 – Verificar a estrutura do edifício caso haja PORTAS QUE NÃO FECHEM MAIS OU ELEVADORES QUE FICAM BLOQUEADOS SEM MOTIVO aparente na caixa dos elevadores
5 – Prestar atenção a fissuras, desgastes ou o esfarelamento da CAIXA DO ELEVADOR E DAS ESCADAS, pois podem ser sinal de deterioração da estrutura
6 – Reparar a ocorrência de fissuras inclinadas NAS PAREDES, pois são sinal de problemas estruturais (as verticais e horizontais não costumam ser graves)
Fonte: Rede Bom Dia